ZACK E ZIMM


"Os exploradores eram de uma colônia que dava suporte às minas no deserto do Norte. O lugar tinha pouco mais de 200 trabalhadores. Mas um dos veículos que levava e trazia estes trabalhadores havia sumido e eles foram encarregados de procurar por provas de um possível acidente. Já estavam no deserto há dois dias...

-Nem sinal da maldita nave!

-Temos que continuar procurando. Não podemos voltar de mãos vazias... Foi o quê o chefe disse. Pelo menos uma prova!

-Não me aguento mais de pé. - Zack disse isso parando, o cansaço havia vencido. Ele se agachou devagar, apoiando as mãos sobre os joelhos para diminuir o esforço. Ficou agachado, estudando a paisagem e observando os movimentos de seu companheiro, mas ao olhar para o céu algo o surpreendeu:

- Zimm, cadê a outra estrela?

-Ahn? Como assim, outra?

-Sei lá, só tem uma agora. Cheguei há duas semanas nesse planeta e você já quer que eu saiba o nome dos sóis!?

-Hahah! São 26 horas, a Eptides já se pôs.

Levantando-se sem pressa, Zack exclamou com ironia:

- Eu não estava lembrado... Aqui temos dias de 38 horas. Algo me diz que eu devia ter ficado no meu maldito planeta. Onde estão as oportunidades de trabalho e o enriquecimento fácil? Só tem areia aqui!

-Relaxa! Eu também caí nessa. Estou aqui há seis anos, juntando dinheiro para voltar para casa. Mas com o tempo você vai acabar se acostumando, como eu.

-Não antes de cozinhar dentro desse macacão térmico. - Olhando para si mesmo com olhar de reprovação, Zack terminou sua reclamação batendo na própria roupa tentando tirar um pouco da poeira. Ele era um forasteiro de má sorte, mas seu mau humor fazia algum sentido. A luz de Juno, a estrela que restava no céu, fazia a planície árida parecer ainda mais quente do que já era. Os 47° C pareciam 55°. Mas um resquício de esperança havia surgido no caminho dos dois:

-Hey, veja! Tem algo brilhando ali!

Zimm pôs a mão sobre a testa numa tentativa de evitar os reflexos no óculos e de objetivar sua visão, mas mesmo assim não conseguiu ver nada. A visão do horizonte, distorcida pelo vapor quente que brotava do chão não permitiu. Mas Zack correu com vontade. Para quem o visse correndo, seu cansaço parecia ter desaparecido. Ele correu com vigor e quando se aproximou do brilho, agachou-se rapidamente apanhando algo escuro do chão. Zimm não conteve a curiosidade:

-O quê é?

Zack segurou o objeto por alguns instantes investigando-o enquanto assoprava a areia que viera com a pressa. Para ele era uma peça comum, mas não sabia se era tão comum por ali. Ansioso e ainda em dúvida, ergueu seu achado e gritou:

-Olha, parece um relógio. Seria da nave que sumiu?

Aparentando desilusão, Zimm sacudiu a cabeça em sinal de negação, gritando em resposta:

-Não, cara, é só um relógio velho mesmo. Há muitos desses na colônia. Não sei como ele veio parar aqui, algum idiota deve tê-lo jogado fora, mas nada feito, continue procurando. Não nos resta muito ar!

-Está bem."

Comentários

  1. Bah muito bom esse desenho. Tu devia trabalhar numa empresa que desenha jogos de videogames. !

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