Sem noção, sem dúvida, sem cérebro, cem reais...


Este era o esboço de uma tirinha, mas dado o contexto e o que ele representa, finalizei assim mesmo. Fiz a tira ao lembrar de uma reportagem que vi há alguns tempos no "Diário Popular", onde se falava e reclamava das pessoas que entram nas lixeiras à noite... Do jeito que os entrevistados e o autor da matéria falavam, parecia que as pessoas entravam nas lixeiras para se divertir...

Sobre o título da tirinha; faz uma clara referência àquela música homônima super tocada do 'Seu Jorge'. Acho estranho como essa música ficou famosa justamente entre a classe da qual, imagino eu, ela debocha. Convenhamos, na maior falta de interpretação, as burguesinhas/patricinhas dançam felizes sem nem desconfiar do potencial subjetivo daquela letra. Enfim, um viva para o "Paty way of life" e um "Güenta firme" para todos os pobres infelizes que tem que assistir elas dançando em noitadas que custam várias cestas básicas cada. Aquilo é que é gastar dinheiro com sabedoria. "Vai no cabeleleiro, vai no esteticista, puxa vida,..."

Comentários

  1. Muito boa cena, muito boa a visão. Não serei hipócrita de falar mal de baladas e festas pq eu gosto, mas dentro de um padrão razoável de dinheiro, que todos deveriam ter acesso para algum tipo de lazer. Agora os absurdos que as filhinhas de papai gastam nas noitadas é tenso de encarar pra mim, uma trabalhadora e estudante. Imagino pra um desses caras que nem onde dormir tem.

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  2. muito boa a tirinha, a iluminação do poste, bah, muito massa. A crítica tb. Abraço

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  3. Muito bom, não é todos dia que se acha uma tirinha com um acabamento desses e com uma critica realista. Parabéns, tens um ótimo ponto de vista.

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  4. Muito boa mesmo! Criatividade incrível...
    Tu vai longe hein rapaz!!!

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  5. Gostei da tira e da crítica; além disso, é ridículo encontrar essas lixeiras só nos bairros mais ricos de Pelotas. Também tiram emprego de muitos que precisam de dinheiro numa cidade que não dá oportunidade pra maioria; e por fim, coletam tudo numa tacada só, sem preocupação nenhuma com separação pra reciclagem. Bom negócio para os cofres públicos.

    Abraço.

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